Hoje tem início o Sétimo período do curso de Direito de Bel. Parece que foi ontem que ela entrou na Universidade! O tempo passa tão depressa...
Bel, na sua festa de 15 anos, você ganhou do Dr. Marcos uma crônica que falava entre outras coisas sobre a representação deste número. Ela é tão linda que vou reproduzir aqui para você sempre se lembrar das palavras dele e da mensagem que servirá sempre em toda sua vida. Ela dizia assim:
“1991...
Naquele ano você nasceria sorrindo...
Talvez porque já tivesse a certeza do quanto era amada, do quanto esperavam sua vinda.
Ou quem sabe por que já soubesse que seu caminho seria marcado pelo sorriso, como símbolo e expressão de uma felicidade que não poderia ser contida.
Do sol que brilhava naquela tarde de sexta-feira, os raios não eram mais sublimes que aqueles que iluminaram a sala onde você nasceu... Foi lindo!
Seu primeiro choro parecia um canto... E a alegria foi o tema da música entoada... A mesma alegria que seus olhos jamais deixaram de transmitir.
Escolheu pra chegar o dia sete...sete de junho.
Como uma forma de anunciar um dom que mais tarde se confirmaria, o dom de cativar as pessoas... De ser amiga, companheira, de atrair para si o mesmo afeto que consegue irradiar sobre todos os que de ti se aproximam.
ISABELA...
Será verdade que o nome revela quem somos?...Se nada é por acaso talvez seja por isso que você se chame assim... Isabela – Bela Amy – a linda amiga...
Sete são as letras do seu nome... assim como os do nome de sua vó, Nicinha, a quem você deu o primeiro presente...ao nascer... (Bel nasceu no dia do aniversário da avó!)
Sete são as letras que formam a palavra estrela, e o que são elas senão astros iluminados que sempre inspiraram os poetas, as canções e os sonhos de amor?
Sete também são as cores do arco-íris, cuja aparição nos revigora a esperança de que, apesar da chuva, o sol vai brilhar de novo.
Sete são, ainda, as maravilhas do mundo, que encantam e resistem ao tempo para revelar toda a capacidade e a força com que Deus pode dotar os homens.
Não, não há mistério... Só uma doce coincidência... Que apenas ilustra, ou quem sabe explica, todo o encanto que emana de você!
Sete é o número do ciclo que se completa... Assim como se completam as fases da vida...
E por falar nelas... Que fugazes são... Como passam rápido estes nossos dias!
Por isso é preciso vivê-los com intensidade, sem pressa... Saboreando a seiva da vida...
Carpen die Belinha! Aproveite o dia!
...perca-se de si... Viaje mais,
...leia muito, fale muito, mas saiba ouvir!
...ria de si mesma e reconheça os erros que cometer;
...fuja dos hábitos, especialmente dos maus;
...não repita sempre os mesmos trajetos...
Troque de marca... Arrisque-se a vestir novos modelos e cores...
Converse com quem nunca viu antes... Faça novos amigos, mas não se esqueça dos velhos!
Não tenha pressa, tudo o que é bom durará o tempo necessário para se tornar inesquecível.
Lembre-se de que a paz que procuramos, muitas vezes, está no silêncio que não fazemos.
Sete é também, Belinha, o número da integridade, da inteireza de coração...
E é preciso ser íntegro para fazer as escolhas certas...
Ou se tem chuva e não se tem sol, ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel, ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão, quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
O mundo é binário... E errar é possível...
Nessas horas, lembre-se voltar atrás é melhor do que perder-se no caminho.
Para os erros há perdão;
Para os fracassos... Chance;
Para os amores impossíveis... Tempo.
Sete é, por fim, o número da perfeição.
Mas, além de Deus, quem pode se arvorar em ser perfeito?
Talvez para nós, bastasse ser completos... E completar o que começarmos.
É o quase que incomoda, que entristece. Por que é que tem que ser assim?
Não dá pra imaginar um avião sem asa, uma fogueira sem brasa, o futebol sem bola e Piu-Piu sem Frajola...
Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho...
Belinha sem sorrir...
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, mas quem quase amou... Não amou!
Seja você sempre inteira... Completa em tudo o que fizer.
Rejeite a distância e a frieza dos sorrisos, a frouxidão dos abraços, a indiferença dos “bom dia” quase que sussurrados.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, como completou Veríssimo:
“Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu!”
Carpen die... BELINHA! Aproveite o dia!”
Bel,
Que seu Sétimo período seja perfeito!
Que N. S. Auxiliadora te cubra com Seu manto protetor e te acompanhe sempre!
Bjs da mamãe.
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